A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
Quando você pega meu coração em suas mãos
e o acaricia, como se fosse um pequeno pássaro ferido
e então eu vejo como ele realmente é:
fraco e vulnerável em sua dolorida fragilidade,
um pequeno e indefeso pássaro caído do ninho
que sobrevive no medo, no abandono e sobressalto,
sem nada esperar do futuro, sem nada ter vivido.
Não sei se você compreende esta minha inquietude,
que se traveste de insensatez quando busca o amor.
Esse coração, qual pequeno pássaro doído,
se sente seguro e protegido em suas mãos fortes:
essas mãos que povoam meus sonhos
e preenchem meus dias,
mãos que me acarinham, mãos que me buscam
e me levam até você, em encantado aconchego,
com o cuidado de quem segura fino cristal .
Você sabe que poderei quebrar ao menor movimento,
porque já são tantas trincas de dores já passadas...
E cuidadosamente, você segura em suas mãos
esse meu coração que bate pelo seu, que eu
sinto derramar em mim toda a ternura do mundo
e então consigo entender o sentido da vida.