
Desde o primeiro instante, Olhei em teus olhos, Senti minha alma vibrante, E desejei aquele beijo, Que tem sabor de amante... O beijo cheio de ternura, De volúpia e loucura, Em um abraço regado a percorrer as mãos no corpo, Apertando firme, escorregando De dedos ávidos e soltos... O beijo que chegava até a alma, E se misturava no universo, Como as poesias de um poema, Entrelaçadas em cada verso... Um beijo demorado, devasso... De línguas digladiando, Um beijo bem molhado, Que faça suar a pele, Molhar entre as pernas... Fluir intenso calor na derme, De paixões vivas e eternas... Quando a olhei senti que meus sentidos, Já não faziam sentido algum, Parecia uma fantasia erótica, Regada a um copo de rum... Havia ao largo a retórica, Não me faz mal nenhum... Mas desejei imensamente o beijo, Dava uns lampejos no corpo, Perdia o controle de minhas vontades, Um mar de vaga, revolto... A fome insaciável, borbulhando felicidades... E me perdi no tempo, Naquele momento, No meu febril desejo, De te possuir de corpo e alma, Devorando a tua calma, Naquele doce beijo...
(Imagem: banco de imagens Google)