– Faz mais uma vez…
– Só mais três…
– Só mais dois…
– Aguenta mais um pouquinho, só trinta segundinhos (como se existissem segundões, segundos e segundinhos)…
E assim Fabrício – o personal killer – vai me alongando…
Acho que depois de cada sessão de ginástica fico um pouquinho mais alta…
É um tal de puxa daqui, segura dali, respira fundo, solta o ar devagar, contrai musculatura de um lado, sente puxar musculatura do outro…
E vamos mais uma vez, começa tudo de novo.
– Agora equilíbrio…
Pensam que é fácil se exercitar sobre uma perna, trabalhar a outra perna no ar, quase flutuar, pensar que conseguirá voar um dia???
– Sentiu a perna? então inverte, agora com a outra…
E agachamento… sentar sem cadeira…
– Vamos lá, vamos fazer vinte repetições hoje. Segura mais tempo na última, respira fundo.
– Ótimo! (que delícia ouvir esse Ótimo! – significa que aquela parte do matadouro foi superada).
– Trabalhando o adutor, força no adutor.
Êita músculo difícil de ser alongado…
– Só mais um segundinho, vamos lá…
– Sentiu puxar?
E assim eu sigo, semana após semana, alternando a ginástica com as diárias caminhadas, que é a parte aeróbica e que eu mais gosto.
Mas além de brasileira sou corinthiana, por isso não desisto nunca.
E, depois de um bom banho relaxante, a sensação é que, além de crescer um pouco, alguns gramas me abandonaram, fico mais leve.
Só não consigo entender pessoas que dizem detestar ginástica. Não sabem o que perdem…