Repetindo:
E no final das contas não são os anos em sua vida que contam. É a vida nos seus anos.(Abraham Lincoln)
De repente você preenche um cheque e descobre que é novo ano. Mais um ano (na verdade MENOS um ano, pois os anos vividos devem ser descontados, a cada ano faltam menos anos para vivermos).
Na noite de réveillon há mil promessas, intenções – sempre boas, maravilhosas – planos de ano novo.
E três ou quatro dias depois o ano já não é tão novo, os planos são abandonados, as promessas esquecidas e as boas intenções se desfazem no ar.
E tudo continua igual sempre foi. A rotina, as tristezas, as perdas.
A vida, olhando bem, é uma sucessão de perdas.
Perdemos o encanto da infância, os sonhos da juventude, perdemos parentes e amigos, perdemos lugares que deixam de existir…
Quanto mais vivemos mais perdemos.
Só nos dedicamos aos ganhos materiais, que menos importam para uma vida que valha a pena ser vivida.
E nos arrastamos do réveillon ao carnaval, deste à semana santa, todos os marcos que durante o ano ponteiam nosso tempo. E logo, muito logo, será novamente réveillon, e menos um ano na nossa vida.