Já dizia a canção que “recordar é viver”…
Com toda razão.
Remexendo antigos papéis, encontro um caderno de poesias feito pela minha amiga Raquel. Comecei a reler poesia por poesia.
Dentre elas, uma que sempre “me inspirou”, da qual não sei o título e desconheço a autoria. Mas trouxe-me de volta à memória o tempo de colégio, quando – Raquel e eu – líamos todos os livros que conseguíamos (e não eram poucos, líamos vorazmente), líamos poesias, copiávamos aquelas que mais nos agradavam. E com toda essa recordação veio a saudade.
Saudade de um tempo que jamais voltará, da amiga hoje distanciada, da leveza dos tempos de adolescentes. A nostalgia por ver que tudo passou, ficou no tempo… Mas o amor pela leitura e em especial pela poesia não acabou. Esse a tudo resiste.
Deixo, aqui, esse texto para dividir com vocês:
“Dos restos de um amor igual ao nosso
Não pode uma amizade florescer,
É justo que tu o queixes, não o posso
Depois de tanto amar-te, apenas te querer
Embora terminássemos sem briga,
Sem um gesto ou palavra de rancor
Como posso chamar-te meu amigo,
Se já te chamei de meu amor?
Como posso apertar indiferente,
Sem sentir uma forte emoção
As mãos que apertei apaixonadamente,
As mãos que esmaguei em minhas mãos?”