Conversa com meu avô – nº 11

Eita, vô, falamos há menos de uma semana e o senhor está tão aflito para conversar… algum problema?

Pandemônio? Não, vô, é pandemia – uma epidemia que atingiu todos os países do mundo – por isso pandemia, por um vírus chinês.

Por que chinês? Porque apareceu lá na China. E se esparramou rapidamente, contagiando as populações em progressão geométrica incontrolável.

Não é um vírus perigoso, é uma mutação do nosso conhecido coronavírus. Um filamento envolto em uma camada de gordura. Mininanomicroscópico. Segundo dr. Beny Schmidt, patologista, esse vírus não é patogênico.

Então, qual o problema? Pois é vô, o problema é que não há como frear a progressão e o intenso contágio. Ou seja, aparentemente enquanto todos os habitantes da Terra não forem contaminados, o vírus não desaparecerá.

Ele sozinho, em organismos jovens e saudáveis, geralmente não provoca nada. Em pessoas com algum problema de imunidade pode provocar uma reação semelhante a uma gripe, mas também problemas respiratórios. O perigo são os mais idosos e quem já tem outras doenças, porque associado a isso, o vírus pode matar. Complicadinho, não é? Por isso o isolamento social, o fechamento do comércio, e, consequentemente, teremos uma quebradeira generalizada. Essa nossa imprensa podre esparramando o pânico descontrolado na população, o povo abestalhado fazendo um barulhão, achando que todos vão morrer.

Como assim, vô, isso tudo o senhor já está ciente? Então qual sua dúvida?

Pandemônio, vô? Que pandemônio?

Os governadores? Quais, como assim? Doria, Witzel, Caiado e mais alguns?

Ah, sim, agora entendi.

Realmente, vô, o senhor tem razão – com esses palhaços é o pandemônio!