Não há para sempre

Folhas de bordo amarelo seco caindo em um outono | Foto Premium
As folhas caem.

Elas caem porque é outono, porque é inverno.


Ou então elas caem porque está ventando muito.


Ou porque o ar está muito seco. Ou porque está chovendo.


Mas as folhas sempre caem.


As alegrias acabam.


Elas acabam porque o que lhes deu causa passou.


Ou então porque é hora de mudar o rumo da vida.


Ou porque é hora de a tristeza chegar.


Mas as alegrias sempre acabam.


As paixões esfriam.


Elas esfriam porque sua duração é limitada.


Ou então porque as pessoas deixam de se cativar.


Ou o encanto passa diante da crueza da vida.


Mas as paixões sempre esfriam.


As pessoas envelhecem.


Elas envelhecem porque tantos dias passam.


Ou então porque deixam morrer em si a chama vital.


Ou a rotina endurece sua força de querer continuar.


Mas as pessoas sempre envelhecem.


Assim como as paixões esfriam.


Da mesma forma que as alegrias acabam.


E as folhas caem.


Tudo é provisório. Tudo é passageiro.


Nada é para sempre. Há sempre um fim.

Por esse motivo as folhas caem: porque nasceram para caírem um dia.

As folhas caem porque seu destino é cair.


(Foto Premiun)

Memória do blog – há dois anos – Que imagem!

Santo Sudário volta a ser exposto em Turim após suspeita de falsificação -  Primeiro Plano - HOME

Santo Sudário é uma peça de linho confeccionado em tear manual rudimentar, mas com acabamento cuidadoso, no qual as linhas horizontais passam por três linhas verticais e por baixo de uma em uma formação de zigue-zague chamada “espinha de peixe”. Apesar desse padrão só ter aparecido na Europa no século XVI, já era fabricado em países do oriente como Egito e Síria.   

Por não haver vestígios de outro tipo de fibra, como a lã, acredita-se que o tear pertencia ao ambiente judaico onde a mistura de fios era proibida. Além disso, a medida coincide com as dimensões do chamado cúbito sírio, utilizado pelos judeus no século I d.C. O lençol mede exatamente 8 X 2 cúbitos sírios, ou seja, 44,41 metros por 1,13.                   

O Sudário contém a imagem de um corpo, frente e costas. Nota-se que metade do tecido ficava embaixo do corpo enquanto a outra teria passado sobre a cabeça e cobria a parte frontal.                    

Ao longo do Sudário encontram-se diversas manchas vermelhas. Ao serem analisadas, demonstraram ser sangue humano do tipo AB, raro entre europeus, mas comum em judeus. Com as análises, os cientistas comprovaram que o corpo esteve em contato com o lençol durante um período de 30 a 40 horas, encontraram cromossomos X e Y, componentes do DNA masculino, e constataram a presença de bilirrubina, substância cicatrizante produzida pelo fígado a partir dos glóbulos vermelhos, quando o corpo é gravemente traumatizado.           

O contato entre o corpo e o lençol se interrompeu sem provocar a mínima alteração nas manchas de sangue, fato que não possui explicação.          

Entre as fibras do tecido também foram encontrados 77 tipos de pólen, sendo que metade deles pertence a plantas que só crescem na Palestina, material terroso cuja composição é idêntica ao solo encontrado em grutas de Jerusalém.                    

Em meio às partículas de pó extraídas do Sudário, foram identificadas aloés e mirra, substâncias aromáticas usadas na antiguidade e um composto denominado Natrom, utilizado na Palestina para desidratar cadáveres em um processo similar ao da mumificação egípcia.                     

Em 1898 percebeu-se que a imagem impressa no tecido é mais visível num negativo fotográfico do que a olho nu, quando Secondo Pia tirou a primeira fotografia do lençol. Esse registro passou a intrigar cientistas e iniciou-se uma intensa polêmica sobre a origem do Sudário e a identidade da pessoa retratada.                     

Engenheiros da Nasa submeteram um foto do Sudário ao analisador de imagens VP8, projetado para reconstruir o relevo dos planetas a partir de fotos enviadas por satélites. O resultado foi a imagem do corpo tridimensional, ao contrário do que acontece em uma foto comum.                     

Mesmo após inúmeros testes não se sabe como a imagem foi produzida e se mantém no tecido há tanto tempo. Aparentemente as dúvidas crescem a cada especulação.

(LeCristo. Julho 2010)

Dúvidas? a fé não admite dúvidas, isso é para cientistas e investigadores da história. Para quem crê não é preciso provas materiais da existência de Cristo. Ele esteve entre nós e nos deixou um imenso legado de amor e de busca pela paz. Isso basta.

(Imagem – Banco de imagens Googloe)

Poesia da casa – Um beijo

Dia Mundial do Beijo: Não se explica, sente-se, mas a Ciência tenta  percebê-lo - JPN

Esse beijo tão esperado,

em um desejo sem fim,

Sons de folhas caindo,

perfume de vento calmo.

Raios de brilhos intensos,

nuvens em dia de chuva.

Cores de águas cristalinas,

Tudo o que se contém num olhar

Traz de volta o sentido de uma vida.

Envolto no feitiço da paixão,

Esperança de um futuro feliz,

É o beijo do amor renascido,

É um beijo cheio de encanto,

Nascido da luz de um amor,

entregue no aconchego do amar.

(Imagem – banco de imagens do Google)

Difícil ser blogueira

Por vezes não é fácil ser blogueiro sem ser TI ou, pelo menos, aprendiz de ciberpirata, o conhecido  hacker…

Comecei meu blog há mais de uma década, no uol. Simplesmente um dia avisaram que o serviço seria “descontinuado”, a forma tucana de dizer que me deram um “passa moleque”. Pensei em desistir.

Mas sou brasileira, não desisto fácil. Tentei várias hospedagens, mas a internet não estã preparada para blogs de textos. Querem anúncios, frivolidades…

Conheci a WordPress. Recomecei pela décima vez. E tudo ia bem.

Até que inventaram esse sistema de “blocos”, muito apropriado para blogs comerciais. Quase impossível para textos. Um serviço que eu fazia em quinze minutos agora leva mais de uma hora.

Vendo que não desisto, agora apareceu uma faixa preta indecente no meio da página que limita meu texto.

Realmente, penso seriamente que agora acho que desistirei de vez. Direi, “OK, vocês venceram”, vou jogar a toalha, deitar meu rei de deixar de ser blogueira…

Memória do blog – há um ano – O Caderno da vida

O que está escrito no caderno da sua vida?

No dia em que você nasceu, recebeu um caderno com as folhas em branco e uma caneta, que deveria ser usada para nele escrever. Mas só poderia escrever o dia presente.

A cada dia, deve-se, com a caneta do livre arbítrio e a ações diárias, escrever uma página. Ao final, estará pronto o relato da sua vida, que deverá ser levado de volta quando for para sua solitária viagem sem retorno.

Não é possível voltar e corrigir nada nas folhas dos dias passados, e, da mesmo forma, uma trava impede de se ir adiante do dia presente e até mesmo de se ver quantas folhas existem no caderno da vida.

O que se escreveu, está escrito para sempre. O que se realizou, está realizado.

É permitido reler, à vontade, todas as folhas passadas.

Ver os erros, os acertos, as tristezas, as alegrias, as vontades satisfeitas e os desejos pendentes.

Muitas vezes, na iminência de repetir um erro, reler uma página leva a se mudar a vontade e a ação. Mas aquele erro passado, esse não como apagar nem mudar.

E a releitura do passado traz conforto emocional, saudades, lembranças.

Disso é feita a vida – o conforto de se ter a certeza da solidez dessa vida, as saudades de tantas pessoas que passaram por todos e cada um, e se perderam em cadernos alheios, e as lembranças de coisas, situações, cidades, tudo aquilo que se viveu buscando apenas ser feliz.

Quando se percebe, a parte preenchida já é bem mais volumosa do que a parte reservada ao futuro. É preciso aceitar a passagem do tempo, saber que há muitos mais ontens do que amanhãs.

E não se pode escapar dessa realidade: só restam algumas poucas páginas para escrever. Então se começa a tentar escrever mais devagar, fazer cada página render, colocando mais critério nas vontades, nas ações, nos desejos.

Até que um dia um vento qualquer abre o caderno em uma folha de um passado distante, mas que nunca passou de verdade, e a saudade obriga a se deixar tudo e buscar esse passado, não importando mais quantas folhas ainda restam, desde que se resgate aquele momento. E se tenha, então, a melhor parte da vida para escrever.