A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança…
As folhas caem. Elas caem porque é outono, porque é inverno. Ou então elas caem porque está ventando muito. Ou porque o ar está muito seco. Ou porque está chovendo. Mas as folhas sempre caem. As alegrias acabam. Elas acabam porque o que lhes deu causa passou. Ou então porque é hora de mudar o rumo da vida. Ou porque é hora de a tristeza chegar. Mas as alegrias sempre acabam. As paixões esfriam. Elas esfriam porque sua duração é limitada. Ou então porque as pessoas deixam de se cativar. Ou o encanto passa diante da crueza da vida. Mas as paixões sempre esfriam. As pessoas envelhecem. Elas envelhecem porque tantos dias passam. Ou então porque deixam morrer em si a chama vital. Ou a rotina endurece sua força de querer continuar. Mas as pessoas sempre envelhecem. Assim como as paixões esfriam. Da mesma forma que as alegrias acabam. E as folhas caem. Tudo é provisório. Tudo é passageiro. Nada é para sempre. Há sempre um fim. Por esse motivo as folhas caem: porque nasceram para caírem um dia. As folhas caem porque seu destino é cair.