Lindo poema de meu amigo Antonio Carlos Augusto Gama, ou Gama, ou Gaminha:
Algum dia serei pedra
e entre tantas
ela me escolherá
para carregar no dedo
Nalguma primavera serei flor
quiçá amarela
que ela colherá
para entremear nos cabelos
Um dia serei areia
numa praia deserta
e em mim ela deixará
a marca etérea do seu caminho
Nalgum verão serei linho
e ela me vestirá
para sentir na pele nua
o abraço tênue do meu carinho
Alguma vez serei água
e ela me beberá
para matar a sede
que é apenas minha
Enfim já não serei eu
mas ela saberá
que fui somente seu