Poesia da casa – Nosso remanso

Juntos mergulhamos nessas límpidas águas
Que se formaram nas nossas nascentes 
Que surgiram de nossa profunda existência 
Águas que mataram nossa sede de amar
Essas águas nos mantiveram vivos
Guardaram nosso doce e imenso segredo

Cada qual, por seu lado na invencível distância 
Desenhando um caminho, um curso frágil e discreto
Na mesma direção, em sentidos opostos
Essas águas sempre souberam que iriam se encontrar
Que seus destinos seria o inevitável encontro

Quando então se abraçariam e se fundiriam
Para sempre seriam uma só, entrelaçadas
A partir desse dia um só passado, um só futuro...
Essas águas se juntaram e nos uniram
Criando esse remanso no rio de nossa vida

(Imagem: Lola Serrano, banco de imagens Google)