
Juntos mergulhamos nessas límpidas águas Que se formaram nas nossas nascentes Que surgiram de nossa profunda existência Águas que mataram nossa sede de amar Essas águas nos mantiveram vivos Guardaram nosso doce e imenso segredo Cada qual, por seu lado na invencível distância Desenhando um caminho, um curso frágil e discreto Na mesma direção, em sentidos opostos Essas águas sempre souberam que iriam se encontrar Que seus destinos seria o inevitável encontro Quando então se abraçariam e se fundiriam Para sempre seriam uma só, entrelaçadas A partir desse dia um só passado, um só futuro... Essas águas se juntaram e nos uniram Criando esse remanso no rio de nossa vida
(Imagem: Lola Serrano, banco de imagens Google)