Poesia da casa – Momento

Pousou na mansidão que envolve o amanhecer

Sem tristeza nem alegria, no silêncio simples da manhã

Trouxe em si o doce perfume que evoca lembranças

E mostrou que para tudo há um novo recomeço

O amor, vestido de paixão, bateu à porta

E em ondas desordenadas passou a ocupar o espaço

Como um vento confundiu todas as coisas e

Numa lufada espantou tudo o que era triste, tudo

O que não era mais, tudo o que deixara de ser

Como se fosse uma estrela, ou um satélite

Seguia, encantada a teu redor: esperava, adivinhava até,

A tua chegada – planeta maior, com vida própria, em

Constante movimento, arrastando tudo pelo caminho.

Sabendo ser passageiro, não me preocupei em te prender

Apenas dei o espaço necessário para um descanso

No aconchego gostoso de um encontro quase impossível

Quando então a natureza amiga se aquietou e permitiu

A imobilidade do momento eterno que se fez

Entre teu chegar e teu partir

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