Revejo as publicações de meu blog – entre textos e poesias de minha autoria e de outros autores, são mais de 60 – sessenta – posts falando em saudade.
Mas tenho certeza que o assunto não se esgotou.
Que ainda escreverei outros tantos textos e outras muitas poesias falando dessa saudade que me inunda. E lerei e transcreverei aqueles de outros escritores e poetas.
Porque a saudade é um rio caudaloso que não se esgota nunca.
E, quanto mais o tempo passa, mas saudades entram na nossa coleção.
Boas saudades, tristes saudades, saudades encantadas, saudades devastadoras.
Mas sempre saudades…
Essa saudade rasgada que nos toma de assalto e nos leva de volta ao passado próximo ou distante, mas sempre a momentos maravilhosos.
Porque não existe saudade do que não foi bom, de quem não se tatuou em nossa alma, do que não nos trouxe aconchego e alegria.
Viver é sentir saudades. E não é preciso um dia da saudade para que a sintamos. Porque elas, as saudades, estão aqui, noite e dia, dormindo ou acordado, nos sonhos ou mesmo pesadelos. Fiéis. Ocupando todos os espaços que a ausência de alguém deixou em cada um.
Essa sensação de carregar nos braços um vazio sem fim, sem nunca encontrar os outros braços que formarão o sonhado abraço.
Ouvir a voz de quem já não está perto. Sentir o perfume de quem se foi. Só encontrar em sonhos quem nos deixou.
Saudade, esse imenso espaço dentro da alma preenchido por ausências. O vácuo do sentimento.
A beleza de ter sentido algo tão intenso, que nem a perda, o abandono, ou a distância puderam anular. Se a paixão é ardente, se o amor é verdadeiro, quando nada mais restar, veremos que restou a saudade. Companhia eterna de quem amou e foi feliz.