Le jour est paresseux, mais la nuit est active. (Paul Eluard)
Sábado.
Janeiro.
2019.
Quantos janeiros, quantos sábados, quantas décadas nessa minha vida, que já prenuncia o fim de seu outono…
Mas sempre um gostinho especial no sábado.
Porque sábado é um dia especial.
Não tem a pressa dos dias da semana, correria, compromissos profissionais, cansaço e sobressaltos.
Mas também não tem o langor insuportável dos domingos. Que são dias mortos, os domingos – eles se arrastam indefinidamente, dias sem sabor. E, o que é pior: os domingos são, por natureza, a véspera das segundas. E isso, por si só, já é terrível.
O sábado não. O sábado é um dia ágil. Alegre. Inteiro seu. Sem hora de acabar. Pode começar muito cedo e terminar depois de seu horário solar, pode adentrar na madrugada do domingo, e tudo bem.
Um dia apropriado para bebericar. Para namorar. Para pensar.
Pode ser pura indolência.
Pode ser muita atividade.
Sem nenhum compromisso.
Sábado é dia de sol. Praia. Piscina. Passeios, filmes ou sorvete sem pressa nenhuma.
Dia de chop e cerveja. Noite de vinho e coquetel.
Tardes de preguiça e longas conversas.
O único dia inteiramente nosso na semana. Não é dia de nada. Não é véspera de nada. E o melhor: pode se atirar, se cansar, que no outro dia dará tempo para descansar.
Para isso existem os maravilhosos sábados: para apagarmos a correria dos chamados dias úteis, aqueles diazinhos que trazem a feira – segunda-feira, terça-feira… e vivermos nossa vida intensamente, de acordo com nossa vontade. E, se não der para fazer em 24 horas todo o nada que resolvemos fazer no sábado, podemos adentrar, sem culpa, no domingo, que será lucro…
Bom sábado a quem passar por aqui…